quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para montar este blog, além das informações do IBGE e do Ministério da Saúde, coletamos dados de causa mortis no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho no mês de junho de 2011.

CONCLUSÃO: A análise exploratória de dados é um conjunto essencial e indispensável de ferramentas que nos permite organizar e interpretar dados rapidamente e sem procedimentos estatísticos complicados. Podemos analisar os dados e constatar quais os traços ou padrões mais evidentes. E somos também capazes de deduzir os padrões de todas as coisas, a partir da frequência com que ela é apresentada. As causas das morbidades hospitalares expressam o padrão de vida da nossa população, os altos índices de doenças infecto-parasitárias estão nos mais baixos níveis de escolaridade, e os altos índices de doenças nutricionais e metabólicas revelam que a população se alimenta muito mal, em decorrência de baixas faixas salariais.

Tabelas de Contingência

Foi construída uma tabela de contingência relacionando a idade dos pacientes com o relato de câncer nestes. Entre parênteses ao lado das freqüências absolutas temos o valor das freqüências relativas, como se pode observar, estes valores destoam, logo as variáveis idade e desenvolvimento de câncer são dependentes.






Foi construída também uma tabela de contingência relacionando a escolaridade dos pacientes com relato de doenças infecto parasitárias nestes. Estão listadas as freqüências absolutas e ao lado,entre parênteses, as freqüências relativas, percebe-se que como os valores das absolutas também destoam das relativas esses dois parâmetros são dependentes.








Construiu-se uma tabela de contigência relacionando os parâmetros incidência de doenças metabólicas e idade. Como as freqüências esperadas neste caso possuem valores próximos às absolutas temos que esses parâmetros são independentes.

Neoplasias

Analisamos a incidencia de neoplasias com os níveis de escolaridade, e não é possível relacioná-los, somente se pensássemos em má nutrição e ingestão de alimentos industrializados e de baixa qualidade; porém, quando analisamos a incedência de neoplasias com a idade, percebemos que quanto maior a idade, maior é o número de pessoas que morrem por complicações do câncer.

Idade:




Nível de escolaridade

Doenças nutricionais e metabólicas e idade

Não podemos correlacionar as doenças nutricionais e metabólicas com a idade, porém, podemos observar que o número de pessoas que faleceram por essas causas abaixo dos 21 anos foi muito baixo.

Doenças nutricionais e metabólicas e nível de escolaridade

Podemos observar pelo Histograma e pelo gráfico de Box-plot que a incidência de doenças infectoparasitárias está também diretamente relacionada com o nível de escolaridade. O que pode sugerir uma baixa renda desses indíviduos e uma alimentação incorreta e precária.















Box-plot e Histogramas

Escolaridade e  Doenças infectoparasitárias

Podemos observar pelo Histograma e pelo gráfico de Box-plot que a incidência de doenças infectoparasitárias está diretamente relacionada com o nível de escolaridade. Quanto maior o nível de escolaridade, menor é o número de casos registrados de doenças infectoparasitárias.






















Idade e Doenças infectoparasitárias
Podemos observar que a  frequência de pessoas com doenças infectoparasitárias não está concentrada em uma faixa específica, estando bastante disperso nos gráficos e não tendo relação direta com a idade. Porém é maior em torno dos 55 anos. Além disso os valores no box-plot se encontram localizados mais medialmente em relação ao máximo e mínimo que a escolaridade, indicando que estão mais dispersos.


Utilizando a probabilidade!

A cada óbito, a probabilidade de ser causada por por tumores-neoplasias é de aproximadamente 26%, por doencas infecciosas e parasitárias é de aproximadamente 12% e causada por doencas endócrinas,metabólicas ou nutricionais é de aproximadamente 3,5%.

NEOPLASIA: No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).

CLASSIFICAÇÃO: A mais utilizada leva em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese.

COMPORTAMENTO BIOLÓGICO: De acordo com o comportamento biológico os tumores podem ser agrupados em três tipos: benignos, limítrofes ou "bordeline", e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil. Estes critérios serão discutidos a seguir e são, na grande maioria dos casos, morfológicos.

CÁPSULA: Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno.

CRESCIMENTO: Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima, representado pelas células em atividade metabólica ou duplicação, e um estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumorais.

MORFOLOGIA: O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando estudam-se suas características ao microscópio, vêem-se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.

MITOSE: O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. No caso dos tumores, o número de mitoses está inversamente relacionado com o grau de diferenciação. Quanto mais diferenciado for o tumor, menor será o número de mitoses observadas e menor a agressividade do mesmo. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas.

ANTIGENICIDADE: As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o que permite o diagnóstico e o diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer.

METÁSTASE: As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário.


Número de mortes por balas perdidas no Rio pode ter sido o triplo da estatística oficial.

O ISP (Instituto de Segurança Pública) divulgou que foram registradas oito mortes por balas perdidas no Estado do Rio de Janeiro em todo o ano de 2009. Entretanto, um levantamento feito pelo R7 em casos que se tornaram públicos revela que o número de vítimas chegou a 24, o triplo da estatística oficial. O relatório divulgado pelo ISP, órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública e responsável pela elaboração das estatísticas da criminalidade, aparentemente não incluiu várias mortes. Uma delas é a da menina Júlia Andrade de Carvalho, de apenas oito anos. Ela morreu no dia 21 de março do ano passado durante um confronto entre PMs e traficantes na favela Vila Aliança, em Bangu, na zona oeste da capital Fluminense. Para o ISP, não houve nenhum registro de morte por bala perdida em março de 2009.

Outro caso que não foi computado pelo instituto foi a morte da aposentada Arlete Alves do Nascimento, de 66 anos. No dia 8 de setembro de 2009, ela foi atingida na cabeça por um tiro de fuzil quando estava dentro de uma van lotada na praça das Nações, em Bonsucesso, na zona norte. No momento do disparo, PMs perseguiam um grupo de suspeitos e houve intenso confronto. Também no relatório do ISP não há registro de mortes por balas perdidas no mês de setembro.

O instituto também não incluiu outras duas mortes que ocorreram em maio. Uma delas de Ana Paula Farias da Luz, de 12 anos. No dia 31 daquele mês, ela foi baleada no peito quando brincava em frente a sua casa, na favela do Jacarezinho, zona norte. No mesmo dia, o pedreiro José Ivo Ferreira, de 27 anos, que voltava para casa após jogar futebol, foi surpreendido por um tiroteio entre traficantes rivais no complexo da Maré, na zona norte. Ele foi baleado e morreu.

No mês de outubro, o R7 apurou que houve pelo menos quatro mortes por balas perdidas. Entretanto, na estatística oficial do ISP, há apenas um registro. Em julho, segundo o que levantou o R7, foram ao menos quatro mortes. Para o instituto, ocorreram apenas duas. Em abril de 2009, aconteceram três mortes por balas perdidas mas na estatística oficial, só foi incluído um caso. Em fevereiro do ano passado, houve ao menos quatro casos, mas o ISP só anotou um. Pela definição do ISP, vítima de bala perdida é "toda pessoa que não tinha nenhuma participação ou influência sobre o evento no qual houve disparo de arma de fogo", sendo, no entanto, atingida por projétil e podendo vir a morrer ou não.

Boletim de ocorrência:
O ISP esclarece, no entanto, que para um caso ser computado em sua estatística é preciso que a expressão "bala perdida" seja assinalada no item "dinâmica dos fatos" dos boletins de ocorrências das delegacias. Segundo o órgão, pode acontecer também de um caso ser inicialmente identificado como bala perdida e, no decorrer das investigações, haver mudança. O R7 apurou com o ISP que não há previsão para mudança deste critério que, segundo o órgão, é subjetivo. A estatística oficial indica ainda que, em todo o ano de 2009, ao menos 185 pessoas foram feridas por balas perdidas no Estado, o que representaria 11,5% do número de vítimas feridas por projétil de arma de fogo no ano passado.


O ISP começou a divulgar as estatísticas das balas perdidas a partir do ano de 2007 com os dados de 2006. O balanço é publicado trimestralmente. Neste ano, os números ainda não são conhecidos mas um levantamento feito pelo R7, descobriu que houve ao menos sete mortes, sendo duas delas de pessoas que estavam dentro de ônibus. A última vítima foi um menino de 13 anos que morreu na noite da última terça-feira (20) no complexo de favelas da Maré, na zona norte, após a arma de um traficante ter disparado acidentalmente.


Principais Doenças do Sistema Nervoso

Acidente Vascular Cerebral (AVC)
É um distúrbio grave do sistema nervoso. Pode ser causado tanto pela obstrução de uma artéria, que leva à isquemia de uma área do cérebro, como por uma ruptura arterial seguida de derrame. Os neurónios alimentados pela artéria atingida ficam sem oxigenação e morrem, estabelecendo-se uma lesão neurológica irreversível. A percentagem de óbitos entre as pessoas atingidas por AVC é de 20 a 30% e, dos sobreviventes, muitos passam a apresentar problemas motores e de fala.
Algum dos factores que favorecem o AVC são a hipertensão arterial, a elevada taxa de colesterol no sangue, a obesidade, o diabetes melito, o uso de pílulas anticoncepcionais e o hábito de fumar.

Ataques Epilépticos
Epilepsia não é uma doença mas sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes formas clínicas. As epilepsias aparecem, na maioria dos casos, antes dos 18 anos de idade e podem ter várias causas, tais como anomalias congénitas, doenças degenerativas do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo craniano, tumores cerebrais, etc.

Cefaleias
As Cefaleias são dores de cabeça que se podem propagar pela face, atingindo os dentes e o pescoço. A sua origem está associada a diversos factores como tensão emocional, distúrbios visuais e hormonais, hipertensão arterial, infecções, sinusites, etc. A enxaqueca é um tipo de doença que ataca periodicamente a pessoa e se caracteriza por uma dor latejante, que geralmente afecta metade da cabeça. As enxaquecas são frequentemente acompanhadas de foto fobia (aversão a luz), distúrbios visuais, náuseas, vómitos, dificuldades em se concentrar, etc. As crises de enxaqueca podem ser desencadeadas por diversos factores, tais como tensão emocional, tensão pré-menstrual, fadiga, actividade física excessiva, jejum, etc.

Doenças degenerativas do sistema nervoso
Existem vários factores que podem causar morte celular e degeneração. Esses factores podem ser mutações genéticas, infecções virais, drogas psicotrópicas, intoxicação por metais, poluição, etc. As doenças nervosas degenerativas mais conhecidas são a esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a doença de Huntington e a doença de Alzheimer.

Esclerose Múltipla
Manifesta-se por volta dos 25 a 30 anos de idade e é mais frequente nas mulheres. Os primeiros sintomas são alterações da sensibilidade e fraqueza muscular. Pode ocorrer perda da capacidade de andar, distúrbios emocionais, incontinência urinária, quedas de pressão, sudorese intensa, etc. Quando o nervo óptico é atingido, pode ocorrer diplopia (visão dupla ).

Doença de Parkinson
Manifesta-se geralmente a partir dos 60 anos de idade e é causada por alterações nos neurónios que constituem a "substância negra" e o corpo estriado, dois importantes centros motores do cérebro. A pessoa afectada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez corporal, tremor incontrolável, além de acentuada redução na quantidade de dopamina, substância neurotransmissora fabricada pelos neurónios do corpo.

Doença de Huntington
Começa a manifestar-se por volta dos 40 anos de idade. A pessoa perde progressivamente a coordenação dos movimentos voluntários, a capacidade intelectual e a memória. Esta doença é causada pela morte dos neurónios do corpo estriado. Pode ser hereditária, causada por uma mutação genética.

Doença de Alzheimer
 Esta doença manifesta-se por volta dos cinquenta anos e caracteriza-se por uma deterioração intelectual profunda, desorientando a pessoa que perde, progressivamente a memória, as capacidades de aprender e de falar. Esta doença é considerada a primeira causa de demência senil. A expectativa média de vida de quem sofre desta moléstia é entre cinco e dez anos, embora actualmente muitos pacientes sobrevivam por 15 anos ou mais. Através do Alzheiner, ocorrem alterações em diversos grupos de neurónios do cortex-cerebral e é uma doença hereditária. Não existe uma prevenção possível para esta doença. Só um tratamento médico-psicológico intensivo do paciente, que visa mantê-lo o maior tempo possível em seu tempo normal de vida. Com a ajuda da família e a organização de uma assistência médico-social diversificada é possível retardar a evolução da doença. Em 1993, a Food and Drug Administration autorizou a comercialização nos Estados Unidos, do primeiro remédio contra a doença - THA (tetrahidro-amino-acrime) ou tacrine.

Doenças infecciosas do sistema nervoso
Vírus, bactérias, protozoários e vermes podem parasitar o sistema nervoso, causando doenças de gravidade que depende do tipo de agente infeccioso, do seu estado físico e da idade da pessoa afectada. Existem diversos tipos de vírus podem atingir as meninges (membranas que envolvem o sistema nervoso central), causando as meningites virais. Se o encéfalo for afectado, fala-se de encefalites. Se a medula espinal for afectada, fala-se de poliomielite. Infecções bacterianas também podem causar meningites. O protozoário Plasmodium falciparum causa a malária cerebral, que se desenvolve em cerca de 2 a 10% dos pacientes. Destes, cerca de 25% morrem em consequência da infecção. O verme platelminto Taenia solium (a solitária do porco) pode, em certos casos, atingir o cérebro, causando cisticercose cerebral. A pessoa adquire a doença através da ingestão de alimentos contaminados com ovos de tênia. Os sintomas são semelhantes aos das epilepsias.

O gráfico abaixo corresponde ao total de óbitos por homens e mulheres e suas causas. E como há de se observar, é alarmante a quantidade de pessoas que morrem em decorrência de doenças do sistema nervoso.














Nossas mulheres morrem no parto

Evitar que mulheres morram ao dar à luz é hoje o drama do Brasil. O índice de mortalidade materna é um dos melhores parâmetros para avaliar a qualidade da saúde de um país. Quando muitas mulheres perdem a vida durante a gestação, no parto ou nos 42 dias seguintes a ele – o critério técnico que define morte materna –, é sinal de que todo o sistema de saúde funciona mal. Mulheres jovens em pleno exercício da função natural de ter filhos não deveriam morrer. Principalmente com a tecnologia disponível: exames precisos, cirurgias modernas, antibióticos potentes. Qualquer morte é uma tragédia. Nesse caso, o escândalo é maior porque mais de 90% dos óbitos poderiam ter sido evitados.

Medicamentos são a maior fonte de intoxicação no Brasil

Os novos números divulgados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fiocruz registraram mais de 100 mil casos de intoxicação humana. Os dados recolhidos apontam que os medicamentos (30,7%), animais peçonhentos (20,1%) e produtos de limpeza domiciliar (11,4%) são os principais agentes que causaram intoxicações em seres humanos. Com cerca de 25% do total de casos, as crianças menores de cinco anos se mantém como a faixa etária mais atingida.

A principal circunstância das intoxicações é o acidente (classificado a partir de 1999 em individual, coletivo e ambiental), responsável por cerca de 55% do total de casos registrados, seguido da tentativa de suicídio e da atividade profissional, um comportamento que se mantém desde 1985.

"Para os medicamentos, agrotóxicos de uso agrícola, raticidas e drogas de abuso, a tentativa de suicídio apresenta a maior participação percentual, ficando a frente do acidente", destaca a coordenadora do Sinitox e pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/ Fiocruz), Rosany Bochner.

Ela ainda explica que, os mais de 20 mil casos de intoxicação atribuídos às tentativas de suicídio apresentam relação de 60% com os medicamentos, e mais de 10% com os raticidas, bem como com os agrotóxicos de uso agrícola.

Será que desses 885 casos de intoxicação registrados, seria algum por motivo passional? rs.


No Brasil, nascem mais meninos que meninas. Porém, a partir da adolescência, essa proporção se inverte e aumenta gradativamente a favor das mulheres, terminando, na velhice, com uma proporção de homens bem menor que a de mulheres. Um estudo recente da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP investigou o tema da mortalidade masculina, mostrando que homens morrem mais que mulheres, por várias causas. A maior diferença entre os sexos foi observada nas mortes pelas causas violentas ou causas externas.

Os dados analisados na pesquisa foram coletados na internet, provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos grandes sistemas de informação do Ministério da Saúde, como o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Carolina descreveu a mortalidade masculina, no período de 1979 a 2007, em três capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Ela explica que essas regiões, reconhecidamente, disponibilizam dados válidos e confiáveis.

De um modo geral, os dados mostraram uma diminuição relativa de crianças e jovens na população e um aumento na proporção de idosos.

A partir da adolescencia, o número de mulheres passa a ser maior. E, conforme a idade avança, a proporção de homens diminui cada vez mais, até que, entre os idosos, os dados mostraram uma média de 62 homens para cada 100 mulheres. Carolina explica que " o declínio do número de homens na população está associado à sua maior mortalidade, que chegou a ser 72% maior que a feminina."

O estudo foi apresentado como dissertação de mestrado, em abril de 2010, na FSP. A orientação foi da professora Sabina Léa Davidson Gotlieb.

Total de Óbitos Hospialares no Rio de Janeiro em 2009

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Morbidades Hospitalares

Morbidades Hospitalares representam o conjunto de indivíduos que adoeceram e foram internados em um determinado período e por qualquer causa.


A saúde no Brasil é prejudicada por uma série de fatores, que incluem o clima, os cuidados de saúde e a poluição. O país é sede de uma série de organizações internacionais de saúde, tais como o Latin American and Caribbean Center on Health Sciences Information, mais conhecido pela sigla de sua denominação original BIREME, e o Instituto Edumed.

Segundo um estudo da Economist Intelligence Unit na Grã-Bretanha sobre a qualidade da morte divulgado em 2010, o Brasil ficou em antepenúltimo lugar entre os quarenta países pesquisados devido a deficiências no tratamento paliativo, à disponibilidade de medicamentos analgésicos e às políticas públicas.


O sistema de saúde brasileiro é composto por um grande sistema público, gerido pelo governo, chamado S.U.S. (Sistema Único de Saúde), que serve a maioria da população, e pelo setor privado, gerido por fundos de seguros de saúde privados e empresários.

O sistema público de saúde, SUS, foi criado em 1988 pela Constituição brasileira, e tem como 3 princípios básicos a universalidade, integralidade e eqüidade. Universalidade afirma que todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de cuidados de saúde, sem qualquer forma de discriminação, com relação à cor da pele, renda, classe social, sexo ou qualquer outra variável. Abrangência (integralidade) afirma que a saúde do cidadão é o resultado de múltiplas variáveis, incluindo o emprego, renda, acesso à terra, serviços de saneamento básico, acesso e qualidade dos serviços de saúde, educação, boas condições psíquicas, familiares e sociais, e têm direito ao pleno e completo cuidados com a saúde, incluindo prevenção, tratamento e reabilitação.

Equidade afirma que as políticas da saúde devem estar orientados para a redução das desigualdades entre os indivíduos e grupos populacionais, sendo os mais necessários aqueles para os quais devem ser as primeiras políticas direcionadas. O SUS tem também orientações para a sua execução, sendo as mais peculiares da participação popular, que define que todas as políticas estão a ser planejadas e supervisionados diretamente pela população, através do bairro, cidade, estado e municípios em conferências nacionais de saúde. Esta é considerada uma forma muito avançada de democracia direta e estabeleceu as diretrizes para iniciativas semelhantes em muitos outros setores além da saúde por toda a sociedade brasileira.

O sistema público é ainda manifestamente insuficiente e carente de qualidade, mas que vem melhorando consideravelmente nos últimos anos. Importantes questões legais, tais como a regulação da Emenda Constitucional 29, são esperados para minimizar alguns desses problemas. Seguros privados de saúde no Brasil está amplamente disponíveis e podem ser comprados em uma base individual, ou obtidas como um benefício trabalho (geralmente grandes empregadores oferecem seguros de saúde privados a seus empregados). O sistema de saúde públicos é ainda acessível para aqueles que optam por obter seguros de saúde privados. A partir de março de 2007, mais de 37 milhões de brasileiros tinham algum tipo de seguros privados de saúde.


Fontes: [1] BBC Brasil. "Brasil é antepenúltimo em ranking de qualidade da morte" (em português). 14 de julho de 2010. [2] ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS TABNET.